Manaus/AM - A Polícia Civil identificou os quatro jovens que aparecem em um vídeo abusando sexualmente de uma adolescente, de 17 anos, que estava desacordada dentro de um veículo. As imagens foram gravadas nesta semana e viralizaram nas redes sociais.

O grupo compareceu, nesta quarta-feira(6), na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) para prestar esclarecimentos sobre o caso. Os suspeitos foram identificados como Antonio Barros de Amorim, 27; Venilson Ferreira da Silva,21, conhecido como "Felipe" ou "Grana"; Jhonatas Marinho de Oliveira, 20; e Daniel Thiago dos Santos Miranda, 27.

Antônio, que fez a gravação, vai responder a diversos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e também no Código Penal, como: como filmar e registrar cena de sexo explícito envolvendo adolescente; compartilhar fotografia ou vídeo que tenha cena de sexo envolvendo menores; fornecer bebida alcoólica; conjunção carnal e pela vítima não apresentar qualquer condição de resistência. Além disso, ele também aparece nas imagens tocando as partes íntimas da adolescente, considerado abuso sexual. Se condenado, o acusado pode pegar até 33 anos de prisão.

Já Jhonatas, que aparece nas imagens colocando a boca nos seios da jovem, foi autuado por conjunção carnal e pela vítima não ter condições de prestar qualquer resistência. A pena pode ser de até 15 anos de prisão.

Os outros dois, Venilson e Daniel, vão responder por dar bebidas alcoólicas para menores. A pena pode ser até 4 anos de detenção.

Vão responder crimes em liberdade

De acordo com a titular da Depca, Joyce Coelho, o crime ocorreu na manhã do último domingo (03), quando o grupo voltava de uma festa durante a madrugada. “A partir do vídeo, identificamos um dos envolvidos e, a partir daí, chegamos à vítima e aos demais rapazes que estavam no veículo”, explicou. 

“Por um ato que eles classificaram como uma brincadeira, agora estão todos respondendo a vários tipos penais, com penas graves. Que isso sirva de exemplo para que outros jovens não venham a cometer esses tipos de crime”, afirmou a delegada.

Ainda de acordo com Joyce Coelho, como os envolvidos no crime não estavam em situação de flagrante, eles vão responder em liberdade. “A gente trabalha dentro da lei. A prisão só é em flagrante ou em decorrência de prisão temporária ou preventiva, ou em sentença condenatória. Considerando que eles atenderam ao chamado da polícia, que eles não têm qualquer tipo de antecedente criminal e que estão dispostos a responder pelos seus crimes, até então não há motivo para que a gente represente pela prisão deles”, disse.