Imprudência, lazer e sexo = nova onda da Covid 19 em Manaus
Não foi a Covid 19 que se auto implodiu e fez o sinal vermelho acender nos órgãos de controle da epidemia em Manaus. Foi estimulada pela imprudência da população, ávida por liberdade, lazer e sexo. Tudo isso junto gerou essa segunda onda - que somente nas últimas 24 horas matou 19 pessoas em todo o Estado.
A Fundação de Vigilância Sanitária já vinha sendo alertada por técnicos da Fiocruz Amazônia, que advertiam para a "urgência de elevar o padrão de resposta a emergência sanitária" que se mostrava evidente. Mas a Fundação minimizou o aviso, e respondeu com números agora colocados sob suspeição, e gráficos imaginários, que na prática serviram parar maquiar o avanço da epidemia em Manaus.
O prefeito Arthur Neto, que sempre suspeitou dos números da FVS, determinou restrições ao acesso a Ponta Negra e demais balneários públicos.
O caso é sério, considerando que todo a estrutura de socorro montada durante o pico da pandemia, em maio-junho, está praticamente desabilitada. Se houver um agravamento da situação, vai ser difícil evitar o pior.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.