Interesses que ameaçam futuro governo do Amazonas
Daqui a 11 dias Wilson Lima tomará posse da cadeira de governador e terá que lidar com a equipe técnica, que outros indicaram - e as forças que alimentaram sua campanha. As duas parecem bem casadas, mas Wilson não pode se excluir do processo de decisão.
Ou assume com a autoridade de quem chega para “renovar” a administração pública - como prometeu em campanha - ou se queda a interesses nada republicanos que o rodeiam perigosamente, e que podem encolher seu tempo de governo.
BEM BUROCRÁTICO
Ontem, numa reunião com prefeitos do interior, Wilson Lima fez um discurso burocrático, prometendo somar forças e parcerias.
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Falou no potencial de recursos do Amazonas como uma lembrança dos velhos discursos que combateu em campanha. Para ele é um “momento novo”; mas nem tanto para quem ouve.
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Assim é a política, uma profissão tão antiga quanto a formação dos primeiros grupos humanos sobre a Terra. Seu campo de atuação é uma terra ‘arejada’ por velhas alegorias.
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Alegorias que novatos como Wilson Lima representam, sem nem perceber que estão apenas repetindo as ‘rezas’ antigas de coronéis e caciques. De novidade, nada. Apenas um discurso que envelheceu após a campanha eleitoral na qual saiu vitorioso.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.