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Governador 'faz teatro' para esvaziar movimento dos professores


Por Raimundo de Holanda

16/04/2019 21h08 — em
Bastidores da Política



A greve dos professores entra no seu terceiro dia sem que o governo busque uma solução para o problema. Pelo contrário,  o governador Wilson Lima  tenta fazer frente ao movimento criando uma agenda “positiva” -  de inaugurações - que na verdade é vista como um grande circo, mal armado e que pode desabar.

O caso da solenidade de inauguração ocorrida no Hospital Delfina Aziz foi um teatro. Primeiro porque o hospital já foi inaugurado por três governadores: Omar Aziz, José Melo e  David Almeida. Segundo, porque o instituto que ganhou a concorrência para administrá-lo pode ser, a qualquer  hora, impedido de atuar.

O Ministério Público  de Contas encontrou diversas irregularidades na sua contratação pelo governo e vai pedir a devolução de R$ 8,4 milhões adiantados ao Instituto, sem contraprestação de serviço,  e propor ações de improbidade contra o ex-secretário de saúde e vice-governador Carlos Almeida, responsável pelos pagamentos.

Quer dizer, Wilson segue um caminho difícil, rumo ao cadafalso, depois de cem dias de uma administração no mínimo desastrosa.

Buscar impedir a greve por meio judicial, como fez o governador, revela falta de visão política e uma enorme incapacidade de compreender que o movimento é legítimo, apesar de a oposição do governo ao movimento se dá com base em decisão da justiça  que ignora o direito de greve garantido pela Constituição. DIREITO .GARANTIDO também aos professores.

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ASSUNTOS: Amazonas, Bolsonaro, greve dos professores, Seduc, WILSON LIMA

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.