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O risco de o eleitor ser enganado outra vez


Por Raimundo de Holanda

20/09/2020 21h30 — em
Bastidores da Política


  • Com campanhas de esclarecimento no rádio e na TV, o TSE se distanciou da sociedade e "comanda" uma eleição cujo processo se desenvolve fora desses dois veículos, o que torna facilmente instrumentalizado nos canais de ódio que se expandiram com a internet. Nem o tribunal é democrático e atual. O campo é fértil para os que se movimentam nas sombras. Já fizeram um presidente, dezenas de governadores, inclusive o do Amazonas. Poderão agora fazer prefeitos e contribuir para o caos das cidades.

A campanha eleitoral em Manaus nem começou e já deram inicio a um processo de desconstrução de adversários com potencial de voto. O que menos parece interessar a um grupo de  candidatos e seu principal financiador, é a cidade, sua gente  e o futuro.  Interessa  o poder a qualquer  preço e as “facilidades” que ele proporciona. Foi assim em 2018, está sendo assim agora, com menos chance de êxito, mas mesmo assim uma ação orquestrada, perigosa, que nega a verdade,  subtrai o debate, atiça o ódio e desinforma. 

No processo eleitoral os candidatos se expõem, não são expostos. Cabe ao eleitor fazer a triagem e, no final, a escolha. Mas o que se vê hoje é um grupo interessado  em fazer julgamento, achincalhar, denegrir. 

Se isso não é uma invasão da intimidade do eleitor e do candidato, é o que, então? E por que a justiça eleitoral é tão passiva ? 

Com campanhas de esclarecimento no rádio e  na TV, o TSE também se distanciou da sociedade e "comanda" uma eleição cujo processo se desenvolve fora desses dois veículos, o que  torna  facilmente instrumentalizado nos canais de ódio que se expandiram com a internet.  Nem o tribunal é  democrático e atual.  

Esse distanciamento do TSE e dos TREs da realidade da comunicação nos dias atuais ajuda a fomentar canais de intriga e ódio e o movimento daqueles que só sabem mover-se nas sombras. 

O campo, para estes, é fértil. Já fizeram um presidente, dezenas de governadores, inclusive o do Amazonas. Poderão agora fazer prefeitos e contribuir para o caos das cidades.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.